domingo, 23 de maio de 2010

Toda a noite peleijei...

A músico-reportagem da apresentação em Vila Verde do desafio de musicar alguns textos poéticos de Sá de Miranda aos gostos da música popular e folclórica.

"Ao fim e ao cabo, musicar um poema visa esse mistério do encantamento entre melodia e palavra, de modo que ouvindo a melodia logo as palavras venham atrás, e vice-versa, como nos inspira Sá de Miranda" (mestre José Machado)

Veja, ouça e cante...

sábado, 22 de maio de 2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Letra nova para o S. João de 2010

(Fotografia tirada por Fernando Cardoso: Estátua de S. João, atrás da capelinha do Parque da Ponte, Braga)

A letra é inspirada no Hino a S. João e foi criada por José Machado.
A música é da autoria do compositor bracarense António da Costa Gomes, a quem agradecemos e rendemos jubilosa homenagem. É a 4 vozes e nem todos cantam sempre a mesma letra, mas o efeito de conjunto é muito agradável e provoca impacto. Esperamos estar à altura.



Sopranos e Meios:
Viva o S. João! Viva! Viva!
Dócil companhia,
Recto mensageiro.
Viva! Viva!
Sólida verdade,
Laço de harmonia,
Signo da cidade.
Viva o S. João!
Viva o S. João!

Mais um ano e sempre,
Nesta procissão,
Toda a nossa gente
Canta a S. João!
A sua mensagem
E a sua missão
Dobram a coragem
Ao povo cristão!

Tenores:
Viva o S. João! Viva! Viva!
Viva! Viva! Viva! Viva!

Mítico romeiro,
Fala de alegria,
Sólida verdade,
Laço de harmonia,
Signo da cidade.
Viva o S. João!
Viva o S. João!

Mais um ano,

Nesta procissão,
Toda a gente
Canta a S. João!
A sua mensagem
E a sua missão
Dobram a coragem
Ao povo cristão!

Baixos:
Viva o S. João! Viva! Viva!

Viva! Viva! Viva! Viva!
Mítico romeiro,
Fala de alegria,
Sólida verdade,
Laço de harmonia,
Signo da cidade.
Viva o S. João!
Viva o S. João!

Dobram a coragem
Ao povo cristão!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Barcelos - dia do Advogado

Nesta visita à biblioteca de Barcelos, a propósito do dia do Advogado, aconteceram duas actuações entremeadas, a dos "Sinos da Sé" e a do Papa Joe, cantor malaio do Bairro Português de Malaca (Malásia).

Papa Joe (Manuel Bosco Lázaro) é um folclorista malaio. Criou o "Vira di Bairu Português" que nós agora cantamos e dançamos.


Depois houve jantar, animação e no regresso dançámos pelas ruas de Barcelos.


Vila Verde - Cantar Sá de Miranda - parte I

Vila Verde respira folclore.
Terra de lenços de namorados que nós orgulhosamente usamos.
No passado dia 19 de Maio fomos lá. 


Sá de Miranda, poeta do Neiva, poeta da renascença, viveu neste concelho - nasceu em Coimbra(1481) e morreu em Amares (1558).
Fomos lá cantar poesia de Sá de Miranda mas só cantamos uma, porque o resto vai ser no próximo sábado.

domingo, 16 de maio de 2010

Torre da Naia - casamento angloportuguês!

Diz a música popular:
"Já passei a roupa a ferro
já passei o meu vestido
amanhã vou-me casar
e o Manel é meu marido"
Fomos animar
um casamento angloportuguês
a noiva era lusa
e o noivo inglês.
e o mestre explicou:
"ó ai, ó ai
o segredo do casamento
is never say I"

terça-feira, 11 de maio de 2010

Casa de Saúde do Bom Jesus

Tarde de chuva.
8 de Maio.
Fomos à casa de Saúde do Bom Jesus em Nogueiró. Braga.
A Casa de Saúde Bom Jesus é um dos doze estabelecimentos de saúde geridos pelo Instituto das Irmãs Hospitaleiras do sagrado Coração de Jesus, uma Instituição Particular de Solidariedade Social, com fins de saúde no âmbito especifico da psiquiatria.

Ir tocar, cantar, dançar...actuar,  a um hospital dá uma útilidade ao nosso gesto e faz-nos perceber a pessoa humana em várias dimensões.

Como diz o professor Zé Machado, "É esta dimensão do outro e da presença dos outros nas nossas vidas que nos faz ser diferentes para melhor, estou certo."

domingo, 2 de maio de 2010

Breve história do grupo para os diversos fins

A Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé» assumiu a história do Grupo Folclórico de Professores de Braga, fundado no ano lectivo de 1978/79 na escola Francisco Sanches, com a finalidade de desenvolver unidades de estudo e recreio no âmbito das manifestações musicais e coreográficas que configuram aspectos da cultura portuguesa, também nas suas vertentes locais e regionais.


Tudo começou numa Escola e a história conta-se assim: no âmbito das acções de formação a realizar na escola Francisco Sanches, no ano lectivo de 1978/79, pelos professores, estes elaboraram um plano de acção que consistia em dedicar, ao longo do ano, uma semana de estudo e reflexão a uma área da nossa Cultura, na sua dimensão regional e nacional. De entre as áreas propostas o folclore foi uma das que recebeu o apoio entusiástico de meia dúzia de professores. O interesse e a paixão pelo folclore fizeram com que na festa escolar de fim de ano o Grupo actuasse pela primeira vez, embora com uma composição e uns trajes incaracterísticos sob o ponto de vista etnográfico. O Grupo perspectivou-se desde logo como entidade responsável pelo estudo, pesquisa e divulgação de práticas culturais diversamente situadas no tempo e no espaço, mas necessárias porque constituintes de um Património Cultural que tem na escola a função marcante, em várias áreas disciplinares, de poder transmitir-se como raiz e vector do progresso e do desenvolvimento humanos, no presente e no futuro.

A recolha e o estudo dos cantares polifónicos a capella, muito praticados e arreigados na região minhota pelas pessoas do campo, proprietários e jornaleiros, mereceu desde sempre a atenção deste grupo, tendo o mesmo já editado uma cassete com vários tipos e especímenes. Por força das suas intervenções continuadas em múltiplas situações de solicitação e contrato, privilegiando sempre as ligadas aos fins da educação e do convívio, mas também em romarias, festivais e espectáculos específicos, esta Associação, sob o formato instalado de Grupo Folclórico, tem vindo a alargar os seus objectivos de pesquisa e de retoma, assumindo também, sem hesitações, os caminhos da criação. A variedade de formação académica dos seus elementos e a variedade de relacionamento dos mesmos com as esferas sociais da produção e do consumo, do sector primário ao terciário, constituem-se como recursos expressivos e documentais, dos quais ainda haverá muito a esperar.


Esta pessoa colectiva teve e tem sede na Escola EB 2/3 do Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches, na cidade de Braga, ao abrigo de um protocolo estabelecido com o Ministério da Educação e com a Escola. Iniciou-se em 1979, mas só fez a sua escritura pública e o respectivo registo notarial em 20 de Julho de 1983, no Cartório Notarial de Braga; posteriormente, em 7 de Agosto de 1990, com publicação no Diário da República em 17 de Setembro de 1990, IIIª Série, página 11792, fez nova escritura para aprovação da denominação GRUPO FOLCLÓRICO DE PROFESSORES DE BRAGA – CENTRO DE ESTUDOS E DIVULGAÇÃO DE CULTURA POPULAR. Mas não se ficou por aqui e no ano de 2005 fez-se nova escritura de alteração dos Estatutos e da denominação, passando esta pessoa colectiva a denominar-se ASSOCIAÇÃO CULTURAL E FESTIVA «OS SINOS DA SÉ» – BRAGA, acolhendo quaisquer pessoas de bem na sua constituição. Em termos de identidade fiscal é o contribuinte nº 502414014.


Enquanto Grupo Folclórico, esta Associação mobiliza para as suas intervenções públicas as seguintes unidades culturais provenientes da cultura popular e tradicional das populações do Baixo Minho:
  • Cantares polifónicos tradicionais a 2, 3 e 4 vozes, em coro misto, recolhidos pelo grupo ou retomados de cancioneiros já publicados;
  • Cantigas e danças tradicionais: viras, chulas, malhões, danças de roda, cana verde, fandangos, recolhidas e recriadas pelo Grupo ou retomadas do repertório de outros grupos;
  • Cantares ao desafio;
  • Ritmos e percussões de caixas e bombos (grupo de Zés Pereiras ou Zabumba ou estrondo), acompanhando coros (cantigas a uma ou duas vozes em coro misto) ou instrumentos como o clarinete e a concertina (melodias populares e da tradição);
  • Cantigas populares que esclarecem a evolução musical da tradição, retomadas de cancioneiros, desde o século XVIII; 
  • Corais polifónicos de música religiosa, criados expressamente para o Grupo exibir na procissão do S. João, em Braga;
  • Cânticos do tempo própio e comum da missa católica, tomados de empréstimo ou de criação própria;
  • Romances tradicionais e popularizados, no género de cantiga ou de fado; 
  • Música instrumental, executada em estilo de estúrdia ou tocata onde se verificam os seguintes instrumentos: concertina, clarinete em dó, cavaquinhos, braguesas, violões, reque-reque, ferrinhos, castanholas, tréculas e bombo.

 O estilo das intervenções do grupo Folclórico de Professores de Braga pode caracterizar-se pelos seguintes descritores: 

- interacção com o público receptor, conversando sobre o sentido e a função das unidades culturais mobilizadas, apelando à participação na dança e no canto;
- uso de uma linguagem coloquial, onde pontuam as histórias e os ditos provenientes da literatura oral;
- co-ocorrência de intervenções verbais sobre aspectos da cultura tradicional e da cultura contemporânea, no sentido de ajudar o público a compreender ou a adquirir perspectivas de interpretação;
- apresentação do Grupo e do seu repertório em português, em francês ou em inglês;
- demonstração e mostra de aspectos ligados aos ofícios tradicionais, especialmente os relacionados com a confecção dos trajes, como o bordado, a fiação;

  
O Grupo apresenta-se vestido à moda camponesa da região de Braga na segunda metade do século XIX e primeiro quartel do século XX, usando trajes de cerimónia (traje de encosta), de festa ou romaria (traje de capotilha), de domingo e também de trabalho, trajes que identificam usos e costumes, lugares, freguesias (traje de Vale d’Este, traje de Sequeira), zonas ribeirinhas (traje da ribeira) e de montanha, reflectindo identidades e diferenças pessoais, sociais, patrimoniais, culturais.

(Texto elaborado por JM)