sábado, 29 de dezembro de 2012

Queremos dar-te graças ...

Sim, um grupo folclórico pode cantar uma missa e na Sé Catedral de Braga, tocámos e cantámos assim!


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Indas qu'Ele é pequenino

 
[...Indas qu'Ele é pequenino
em todo o mundo governa.]

 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Na planicie alentejana ...uma dança minhota

 
No centro de Convivio de Barrada, em pleno Alentejo, se o cantar desse dinheiro, meio mundo era rico, e nós não nos cansamos de a cantar nem de a dançar, "nada em demasia"!



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Barrada






São estes momentos que surpreendem o convívio e a mesa: não têm a receptividade total que mereciam, em termos de silêncio e de condições de execução,mas são uma partilha generosa de sentimentos mútuos por formas musicais que sempre se sobrepuseram a trabalhos no campo, a conversas de taberna ou de mesa e a situações diversas do quotidiano: quando aquela força vocal irrompe, o tempo interior de todos e de cada um vai-se transformando em receptividade, primeiro deslumbramento,depois admiração, finalmente atenção. Comer e cantar, servir e cantar, falar e cantar são momentos da mesma partilha, do mesmo rito.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

2º apontamento - Barrada 2012

Há 8 anos que vamos a Barrada. Seguidos. Este canto é-lhes dedicado. Entremos todos na capelinha...



Da missa em honra da Virgem Maria Imaculada Conceição, este "Pai Nosso" foi cantado com alegria...



A procissão depois da missa foi solene. Vai-se pelas ruas da aldeia, este ano mais urbanizadas, com toda a gente integrada na procissão. O senhor padre levou megafone e rezou três mistérios do terço. Nós cantámos três vezes também. Dá tempo para andar e esperar por todos. A procissão atravessa a estrada nacional, sai dela e volta por ela. Quem ali passar à hora terá de parar e aguardar que o rito decorra, partilhando-o ou considerando-o sorte de momento.


1º apontamento - Barrada 2012

8 de Dezembro, fomos a Barrada participar nas Festas em honra de Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
Podemos começar pelo cantar alentejano.


O senhor Xico Rato e seus amigos e companheiros da associação de Barrada são executantes apaixonados do cante e por diversas vezes nos demonstraram as suas práticas vocais. Ali se mantém a firmeza do ponto e do alto, um colocando a melodia e outro levantando-a, ambos com toda a expressividade requerida pela poética: uma vezes sentimental e amorosa, outras vezes pícara e irónica. O bem deles é que outros os seguem e ali se jorra uma coralidade compacta e contagiante. Lembra-se e confirma-se o verso do poeta José Gomes Ferreira: Nunca vi um alentejano cantar sozinho...

domingo, 2 de dezembro de 2012

Missa na Sé

Sábado dia 1 de Dezembro de 2012, feriado.
Missa na Sé Catedral de Braga às 12:30h, presidida pelo Sr. Cónego José Paulo Abreu.


O convite para cantarmos esta missa foi-nos endereçado por uma comissão de militares ligada ao Batalhão de Caçadores 3868, sob a direcção do Dr. Domingos Guimarães Marques. A missa foi «por alma dos soldados portugueses mortos pelo amor da Pátria em qualquer teatro de operações ocorrida durante o século passado, bem como pela alma daqueles e daquelas que, do outro lado da trincheira, morreram por amor aos seus ideais.»
 
A Comissão Organizadora declarou o objectivo de promover as Comemorações do Regresso das Caravelas com os seguintes eventos:
a) No dia 30 de Novembro, à tarde, no auditório da Faculdade de Filosofia de Braga da Universidade Católica Portuguesa, apresentação do 1º volume de Passeando pelas ruas de Braga, livro que inclui um um texto sobre Pio XII, da autoria do Professor Martinho e dois textos da autoria da Professora Blanca, um sobre a deusa Nabia e outro sobre as influências celtas nas festas de S. João.
b) No dia 1 de Dezembro, da parte da manhã, no município vizinho da Póvoa de Lanhoso, inauguração de três monumentos a lembrar o fim do Império Português: um dedicado aos ex-prisioneiros do Estado Português da Índia, outro dedicado aos combatentes da guerra do ex-Ultramar Português, e outro aos mortos do Batalhão de Caçadores 3868. 
 
Através do Dr. Manuel Duarte, componente do nosso grupo, já nós foramos convidados para as celebrações que esta Comissão Organizadora levou a cabo quando fez o lançamento da obra  Encontro de Ex-Combatentes no RI 15/Tomar 03 de Julho de 2010, «onde estiveram presentes Sua Excelência o Senhor Embaixador de Moçambique em Portugal, o Ex.mo Senhor Consul de Moçambique no Porto e o então Ex.mo Senhor Adido Cultural da Embaixada de Moçambique, e ainda uma ex-combatente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), a Ex.ma Senhora D. Domingas Octávia da Conceição Velemo, e também o Ex.mo Senhor Paulino Alface, ex-combatente da FRELIMO.»
 
Dos valores que presidem a esta Comissão dá conta uma declaração simples: «Todos unidos a bem das Comemorações do Regresso das Caravelas e da criação de um outro 5º Império que se enquadrará muito bem na sequência do 5º Império do Bandarra, do Padre António Vieira, de Fernando Pessoa, de Agostinho da Silva, etc. a História, daqui a muitos anos nos julgará, quando já cá não estiver nenhum de nós para ver se tínhamos ou não razão. O Império da Língua Portuguesa, que é o Império de todos quantos falam esta Língua, que todos nós temos obrigação de criar e recriar
Além das inaugurações dos monumentos serão lançados os seguintes livros: a) Terras de Lanhoso. Dos Celtas aos dias de hoje; b) Terras de Lanhoso. Os monumentos que hoje (1 de Dezembro de 2012) inauguramos. É ainda intenção do Dr. Domingos Guimarães Marques lançar a edição de uma obra em dez volumes subordinada ao título geral Os Portugueses. Das Origens aos Mares do Oriente. Esta obra terá a colaboração de muitos companheiros galegos e em 2013 sairão cinco volumes.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Maximiníadas

Sábado, 20 de Outubro de 2012: era noite fria em Maximinos, ali junto da Igreja, naquela rua sem saída, ou sem entrada, consoante se considere o sentido do trânsito, a qual rua continuava, desde a véspera, propícia à instalação da feira de artesanato que a associação dos artesãos do Minho e a Junta de Freguesia haviam concretizado. Coube aos «Os Sinos da Sé» aquecer o ambiente com um espectáculo folclórico.

As sombras projectavam-se na parede da casa arruinada e assim recuperada como fantasia de fantasmas passados e futuros. Isto de iluminações nos cenários tem as sujeições da sorte que o material ditar. Mas, pronto, houve sombras e houve luzes e houve som, tudo dentro dos possíveis. E houve pajelas, uma ideia recuperada de outras fantasias antigas, as de comunicar letras de cantigas, desgraças e tragédias em verso, também histórias de amor e outras cantas. Venderam-se a 0,50€.
 


As imagens têm um som de fundo: a música do estribilho que fizemos para a cantiga narrativa da Alcina, melodia que aprendemos com os cegos José Maria e Lola a partir de uma cassete que eles vendiam ao tempo, anos 85/86 pelas ruas da cidade de Braga; depois conhecêmo-los pessoalmente, entrevistámo-los para artigo de revista e mais tarde aceitámos fazer um espectáculo para eles.

Este breve apontamento informa de uma actividade possível, por acaso até com aceitação, a ver pelas vezes que já a apresentámos.

Anda-se sempre com a mesma pergunta na cabeça e nas algibeiras: afinal o que é que pode fazer um grupo folclórico para além do que já faz?

Até onde deixamos que as tradições nos acompanhem?

(Posto por JM)

sábado, 20 de outubro de 2012

os "lituanos da Lena"... e o cheiro a castanhas


Na Escola Sá de Miranda, no passado domingo dia 16 de Setembro, num intercâmbio com alunos da Lituânia cuja tutora foi a Professora Helena Borralheiro...
 


O que é que consideramos tipicamente nosso? Que gesto ou forma de dançar ou forma de vestir ou estilo de cantar e de tocar podemos identificar como nosso?
Que técnicas ou artes de comunicação funcionam melhor nestes encontros com jovens e adultos de outros países?
O encontro fez-se com momentos de ver e momentos de praticar, uma vez eles a nossa dança, outra vez nós a dança deles, assim o corpo sujeitou-se duas vezes a sentir diferenças e identidades.

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Entretanto chegou o Outono, daí este ouriço arreganhado e vazio, o que nos remete para as castanhas que já começaram a cair e para a discussão do orçamento de estado para 2013...

 
Do tempo em que se andava descalço na minha aldeia, recordo os calcanhares nus que abriam estes ouriços da primeira queda, alguns semi-abertos, mas outros totalmente fechados.
 
Se o ouriço é uma boa imagem do trabalho cultural, por certo também ajudará a servir de leitura ao actual momento da nossa política.
 
A utilizarmos este ouriço como figura ou tropo metafórico de nosso orçamento, o mais importante não será a tarefa espinhosa de pegar nele, mas a prova que as castanhas favorecerem.
 
Para uma perspectiva humorística, aqui ficam duas quadras, a primeira, em estilo anfiguri (anti-figurativo, anacrónico, disparatado):
 
No alto daquela serra
tem meu pai um castanheiro
que dá castanhas em Maio
cravos roxos em janeiro 
 
A segunda, com a mordacidade da crítica de costumes:
 
Os ouriços com o vento
ando aos boleirões nos soutos
também há homens que ando
a roubar o que é dos outros.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Cortejo Etnográfico 2012

O Cortejo Etnográfico foi uma iniciativa da Câmara Municipal de Braga e da Fundação Bracara Augusta, no âmbito da Capital Europeia da Juventude 2012; foi um evento que visou manifestar aquelas marcas de uma identidade bracarense que têm tido um lugar comum em muitas configurações, especialmente na dimensão folclórica; realizou-se pelas ruas de Braga na tarde do dia 30 de Setembro. Foi uma contribuição para a celebração do dia do turismo.
 
Freguesia de São Victor: as «Sete Fontes» - «Os sinos da Sé» e a tecnologia. A nossa associação aceitou bem o repto da Junta de Freguesia e decidiu integrar a simbologia das Sete Fontes, quer enquanto valor arquitectónico, quer enquanto valor espiritual, com uma pequena  mostra daquela parafernália tecnológica que ao longo dos últimos cem anos contribuiu para a divulgação, a recolha e o estudo da cultura portuguesa nas suas várias dimensões. A água e as tecnologias foram aqui tomadas como meios da expressão cultural: tal como não vivemos sem água, também já não nos representamos sem as velhas e novas tecnologias: primeiro a imprensa e a edição, depois a fotografia, o cinema, a rádio, o telefone, o disco, a gravação de som e de imagem, a televisão, o video, o temóvel, finalmente a internet.
 


«Alargai-vos, raparigas», foi o mote para esta dança. Nos cestos e nos baldes se colheram os livros e os instrumentos tecnológicos que hoje já são novos territórios da etnografia: as fotografias, os filmes, os programas televisivos de folclore, os jornais e as revistas, as pautas musicais, as gravações.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

33º concurso do vestido pintado - Palmeira

 


Em homenagem ao professor e dirigente associativo Manuel António Soares Maia, presidente da Associação Recreativa e Cultural de Palmeira, no evento a que ele já não pôde assistir, mas que organizou e preparou minuciosamente até à última hora e para o qual enviou uma mensagem que foi lida antes da nossa intervenção.
Dia 15 de setembro investidos de grupo folclórico por trajar, cantámos "Ó cacho da uva",  "A saia da Carolina - versão I",  " A saia da Carolina - versão II", "A minha saia velhinha" e o "Carro Amaricano"...aqui no vídeo a minha saia velhinha está no meio das carolinas...

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Ainda sobre o Braga Celta

Considerações de um observador:

1. Aprecio esta dimensão contemporânea de «brincarmos com a história» seja aos romanos, seja aos medievais, seja aos celtas, seja aos presépios, seja aos praticantes de todas as religiões, seja até mesmo às cidades invisíveis ou às noites brancas. O ludismo é eminentemente uma ocasião de investimento, seja no conhecimento de nós e dos outros, seja no comercial, seja no «instrumental ou artefactal».

2. Esta dos Celtas surpreendeu-me, porque eu na escola primária tive um professor que me/nos entusiasmou pelos celtiberos, a ponto de no fim da escola irmos pelos caminhos da aldeia a cantar «...e os celtiberos, e os celtiberos...».(Aproveito para esclarecer que sou natural de Jales onde havia e há umas minas de ouro exploradas pelos romanos) Quer dizer que as misturas de sangue e de costumes sempre me fascinaram? Talvez. Quando o arqueólogo Francisco Queiroga retomou as escavações do Castro das Eiras ali em Vila Nova de Famalicão fui lá visitá-lo com o António Castanheira e ofereci-lhe uma agenda com o «Indiana Jones», foi em 1990 ou 91 e por lá deixei um rolo de fotografias a camisas e bordados populares que eu considerava terem motivos celtas. Digo isto para me penitenciar de nunca ter aprofundado a minha fascinação infantil pelos celtiberos...

3. Mas o meu irmão António, que foi viver para Esporões e se entusiasmou pela vida paroquial ou pela participação cívica na vida autárcica daquela freguesia, acabou por me redimir e dedicou-se ele a estudar os celtas, não sei se os celtiberos. Quando o vi como druida fiquei agarrado à minha infância, pareceu-me ele o meu professor e comecei a ouvir os colegas da primária a cantar pelas ruas o improviso dos celtiberos.

4. A entrega à causa Braga Celta por parte da freguesia de Esporões deixou-me deveras impressionado. Aquela transversalidade geracional dos avós aos netos é de enobrecer, é algo de muito semelhante ao que se vê nos grupos folclóricos porque é ao fim e ao cabo a essência da vida paroquial, modelo que se pretende para a vida municipal e que quase nunca se consegue na mesma dimensão de empenhamento.

5. Toda a contemporaneidade se assume nestes eventos por mais que se escondam relógios e telemóveis, porque a dimensão do simbólico não precisa de mais do que do mínimo para ser total.

6. Não duvido um momento de que é no folclore que nos revelamos melhor, portanto aqui fica o apelo a esta leitura do evento para quem a desejar aprofundar.

(Posto por José Machado)

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Braga Celta 2012


Braga Celta é um evento cultural organizado pela Associação do Coro Infanto-Juvenil de Esporões, Paróquia de São Tiago de Esporões e pela Junta de Freguesia de Esporões e apoiado por Braga 2012 – Capital Europeia da Juventude.

A Europa é um puzzle de nações assim como de nacionalidades e na sua história a língua é o signo ou a marca de cada nacionalidade.

«Nós, os Celtas» desempenhámos um papel na história da Europa, mas ainda estamos envoltos em mistérios e lendas.

Os Druidas ...
A Abertura Oficial e as entidades a escutar o Druida..

terça-feira, 11 de setembro de 2012

"Guadalupe" 2012

Aconteceu no passado dia 9 de setembro. Foi uma tarde de folclore animada pelo grupo Dr. Gonçalo Sampaio e por nós.


O cartaz alusivo às festividades não o diz, mas os grupos começaram a festejar na Avenida Central, em frente à Arcada, onde executaram uma dança e depois seguiram avenida fora e subiram a rua de S. Gonçalo, atravessaram de esguelha o Campo Novo e subiram os escadórios de Guadalupe, sempre a tocar. O tempo não estava quente demais e o povo que seguiu os grupos não se arrependeu.


 O Grupo Folclórico Dr. Gonçalo Sampaio é uma referência incontornável no conjunto dos grupos da região e do país, não só pela sua antiguidade (1936), mas sobretudo pela preservação de longa duração que faz das suas práticas de trajar, de cantar, de tocar e de dançar, mantendo-se fiel a um método de representação folclórica. Todos os grupos o tomaram e tomam como fonte de aprendizagens e um dia, quando puderem dispor de um museu próprio, todos ajuizarão melhor do alcance do valor do seu património e do seu percurso artístico. Nós, quando nos constituímos como grupo folclórico de professores de Braga em 1978/79, fomos beber a esta fonte e até hoje nos temos empenhado com os desafios que nos lançaram.



Executam com fidelidade a um estilo, cuja herança justificam e de que se orgulham. Os trabalhos etnomusicais do professor Gonçalo Sampaio (1865-1937) inspiraram a sua génese e balizam as suas memórias, mas é às práticas folclóricas de recolha e fixação do repertório do professor Joaquim Mota Leite (1900-1981) que devem a sua identidade. Lançaram em 2011 um livro memorial dos seus 75 anos, Um Sonho do Coração, cuja leitura recomendamos a todos.

 
 Aqui já somos nós, Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé». Estamos a dançar de braços levantados... e a fotografia só precisa que se diga isto por razões de contra-luz ...


... em relação ao verde das tílias do parque de Guadalupe que àquela hora recebiam o sol ainda por cima do casario... 


... mas já a pedir bicos de pés para se recolher dali a pouco. Tudo se acomoda ao contexto em que se faz e a festa da Sra da Piedade e de S. Marçal teve o condão de nos satisfazer o dia, consolidando relações de amizade e de cooperação, espevitando críticas e reparos, mas estimulando sempre as dinâmicas de animação cultural dos lugares e das comunidades.



Esta dança anda no cancioneiro de César das Neves desde 1895, recolhida em Póvoa de Lanhoso e enviada para a colectânea por Gonçalo Sampaio, com indicação coreográfica de se dançar muito ao tempo das invasões francesas, figuradamente como então era usual. Na letra se diz que a balsa de quatro tem muito que bere...

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

agosto - Pitões das Júnias

Vamos andar a triangular e a saltar entre Pitões, Tourém e o Sameiro ou entre Tourém, Sameiro e Pitões ou entre Sameiro, Pitões e Tourém ou....este agosto ficará "colado" no nosso blogue...



sábado, 18 de agosto de 2012

Pitões das Júnias - 15 de agosto de 2012

No dia 14, terça-feira, choveu intensamente durante todo o dia, por isso estávamos receosos para o dia seguinte, embora os metereologistas previssem melhoria do tempo. De facto, pelas 6:30 saímos de Braga com céu limpo e azul, chegámos a Pitões das Júnias pelas nove da manhã, já as nuvens pairavam  ameaçadoras e uns pequenos chuviscos receberam-nos de braços abertos.

Sentimos a geografia do lugar e chegados ao Mosteiro rezámos e cantámos a missa a Nossa Senhora, sim coubemos todos no Mosteiro.

Deixamos aqui pedaços do ir e vir da procissão, do ir desde a Capela do centro da aldeia até ao Mosteiro Beneditino a ameçar ruir, o vir foi do Mosteiro até ao centro da aldeia ali no largo aonde ficaram os andores de São Rosendo e de Santa Bárbara e de Santa Maria das Júnias abrigados na Junta de Freguesia.





segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Concurso de concertinas da Confraria de São Bento da Porta Aberta


Assim aconteceu no domingo, dia 12 de agosto, um dia quente,  no concurso de concertinas promovido pela Confraria de São Bento da Porta Aberta, foi-nos atribuído o primeiro prémio, um cheque no valor de 1500€. Outro momento bonito do concurso esteve, de facto, no acto de recepção do prémio, aí cantámos o hino a S. Bento, acompanhado apenas pelas concertinas e demo-nos conta da sua graça mobilizadora. A foto tem a qualidade do telemóvel que mais convém à discrição que se pretende. Parabéns à Confraria de S. Bento pela coragem e pela valorização pecuniária da iniciativa.


Ó S. Bento glorioso
Ouvi as preces de amor
As preces dos corações
Que vos amam com ardor

No silêncio do deserto
Todo entregue à oração
Mereceu de Deus S. Bento
Alcançar a salvação. 

(A criação musical tinha de incidir sobre esta fórmula poética)

domingo, 5 de agosto de 2012

Agosto - 4 desafios

Na minha qualidade de responsável pela direcção artística do grupo, aproveito para informar e motivar os elementos da associação e os leitores, esclarecendo a natureza cultural de 4 desafios que assumimos para este mês de Agosto.

1º - dia 12 de Agosto - Concurso de concertinas promovido pela Confraria de S. Bento da Porta Aberta. Apareceu no jornal Diário do Minho e desde logo tomei esta iniciativa como uma oportunidade para mostrarmos a nossa dimensão criativa e participativa nas festas religiosas. A Confraria teve o arrojo de uma iniciativa singular: promover, no programa das festas de Agosto a S. Bento, um concurso para grupos de concertinas (mínimo de 4 concertinas e máximo de 7 elementos) com a obrigação de criação de um tema dedicado a S. Bento, a partir de uma letra comum. O valor pecuniário dos prémios é um forte atractivo, mas o desafio é que conta. Organizei então o grupo possível e disponível, criei a melodia e lá iremos apresentar os dois temas livres e o hino a S. Bento. Soubemos agora que a adesão dos grupos ficou aquém das expectativas da Confraria, mas isso não lhe tira méritos nem nos demove de participar.


2º - dia 15 de Agosto - Festa de Santa Maria das Júnias e Santa Bárbara, em Pitões da Júnias, Montalegre. A participação nestas festas obriga-nos a sair de Braga às 6:30 horas da manhã para lá estarmos por volta das 9:30 e fazermos a procissão, depois cantarmos a missa, regressarmos em procissão, e de tarde realizarmos os bailes. Vai ser duro, o percurso da procissão é de cerca de 2 Km na ida e outros 2 na vinda, mas vamos surpreender as pessoas. Vamos cantar durante a procissão, a Nossa Senhora e a S. Bento, vamos cantar a missa ao nosso estilo e com um canto em galego. A missa será na igreja do convento, naquelas ruínas que o tempo escancara à incúria contemporânea. As imagens da procissão do ano passado podem ver-se aqui: http://www.pitoesdasjunias.com/galeria/eventos-festivos/a-procissao/2011.html



3º - dia 18 de Agosto - IX Encontro Transfronteiriço de Tourém-Randín - Assumi pessoalmente a colaboração com a Junta de Freguesia de Tourém, através do Francisco Faria, com a criação de letra e hino ou marcha para o evento. Mas como precisei da colaboração de alguns músicos, tudo se fará em nome do Grupo. Trata-se de um projecto para reduzido número de elementos, por imposições contratuais, por cuja responsabilidade de organização respondo.

4º - dia 19 de Agosto - Vamos Bailar à Senhora! - Sameiro, Braga, 4ª edição.


Trata-se da 4ª edição deste evento promovido pela Confraria de Nossa Senhora do Sameiro no âmbito da peregrinação de Agosto dedicada aos emigrantes. Participam os seguintes grupos folclóricos: Sinos da Sé, grupo de Cabreiros, grupo de Nogueira, grupo de Palmeira, grupo da Cruz Vermelha, grupo Josephine, grupo de Dume, grupo de Macada-Vimieiro, grupo de Marrancos e grupo de Cervães; participam ainda elementos a título individual: José Lages, Francisco Vieira e Rosa Ferreira, Carla Castro. A participação é voluntária. O programa é assim: estar no Sameiro às 10:00 para se tocar, cantar e dançar à Senhora quando chegar a peregrinação, antes da missa; almoçar no Sameiro e executar os bailes à Senhora às14:30 com desfile a partir do Cruzeiro e distribuição das fitas de presença aos grupos e indivíduos participantes.
JM 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A propósito do Festival Internacional de Folclore de Braga

As diferenças entre a nossa forma de comunicação folclórica e a dos povos que nos visitaram são óbvias e por isso mesmo merece a pena descrevê-las e considerá-las: enquanto nós mantemos o formato de grupo etnograficamente situado e circunscrito, eles inspiram-se na etnografia para desenvolverem conteúdos de animação folclórica; enquanto nós mantemos o grupo virado para si próprio, eles viram o grupo continuamente para o público, enquanto nós mantemos uma identidade local dos conteúdos, eles investem numa identidade nacional. Evito juízos de valor, porque ambas as fórmulas têm virtualidades, mas não receio entrar por eles se considerarmos que o nosso estilo não evoluiu desde que o começámos a praticar. É claro que eu não desdenharia ver um grupo irlandês, para usar o caso mais sintomático de mudança de paradigma que esteve no festival, que trouxesse as danças, os trajes e as cantigas da sua «aldeia», mais os objectos de lavoura ou de artesanato ou sinais de qualquer outra actividade «manual» que fossem símbolos locais do seu percurso histórico, mas verifico que essa possibilidade é cada vez mais remota de acontecer num festival dito internacional. Ora é precisamente aqui, nesta comparação em termos absolutos, que pode estar uma polémica interessante em que eu espero que os leitores deste blogue entrem de boa fé.
José Machado

sábado, 21 de julho de 2012

Festival Internacional de Folclore - Braga 2012

Os "Sinos da Sé" abriram assim o Festival Internacional de Folclore, em Braga, na Avenida Central, dia 20 de Julho pelas 21:30,  com o "Vir feirar"




Do programa, para além dos "Sinos da Sé" constam os grupos:
- México - México Folklórico
- Irlanda - Absolutely Legless
- Russia - Municipal Don Cossacks Song and Dance Ensemble
- Bielorrússia - Kryzhachok
- Eslováquia - Folklore Railmen Ensemble Marina
- Portugal - Rancho Folclórico de Santa Maria de Adaúfe
- Portugal - Grupo Folclórico Dr. Gonçalo Sampaio

(veja passar as fotos do 1º dia)

domingo, 15 de julho de 2012

Outros caminhos...o 31º festival de Palmeira

O mais antigo festival de folclore do concelho de Braga...trinta e uma vezes seguidinhas...organizado pela Associação Recreativa e Cultural de Pameira...contou com a presença:

Grupo folclórico e etnográfico de Pameira - Braga (1974)


Grupo de danças e cantares de Vale Domingos - Águeda (1981)


Grupo folclórico da Casa do Povo de Stª Cruz do Bispo - Matosinhos (1953)


Grupo folclórico das Lavradeiras da Meadela - Viana do Castelo (1934)

Outros caminhos...a caminho do Sameiro

Um ensaio..."O Solar da Imaculada" ...na Cripta
Atentem aos versos desta música.

"...dançar é rezar também
se a reza dá esperança
dançar é rezar também..."


domingo, 8 de julho de 2012

Festa no Bairro de Santa Tecla


Promovida pela Junta de Freguesia de São Victor, a festa no Bairro de Santa Tecla aconteceu assim.
Apresentamos aqui a última actuação do grupo com a caninha verde.


sábado, 23 de junho de 2012

Em a cidade de Braga ...

Andámos pela cidade a cantar este Romance de S.João - um romance de amor favorecido pelo milagroso São João...ali no café d'A Brasileira, pela manhã...

terça-feira, 19 de junho de 2012

São João - Braga 2012

(Capela de S.João da Ponte, Braga)
...
se tu fores ao São João
traz-me um SãoJoãozinho
se não puderes com um grande
traz-me um pequenininho
...

[e eu que danço ... parece-me ouvir estes versos assim]

terça-feira, 12 de junho de 2012

quinta-feira, 7 de junho de 2012

...eu emigro, tu emigras....

Uma interpretação da Canção da emigração, letra de Rosália de Castro e Música de José Niza :

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Malhão do souto

Malhão do Souto

...se o cantar dera dinheiro
meio mundo era rico
mas o cantar num dá nada
pobre sou e pobre fico...

terça-feira, 22 de maio de 2012

Hino galego

Em primeira mão, o hino Galego, um original pondalino (Eduardo Pondal [1835-1917] poeta galego). Apareceu este hino pela primeira vez em 1907, e foi evitado cantar-se durante o franquismo, é um hino à liberdade e faz referências a um mitológico guerreiro celta Breogán.

 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Canário...lindo Canário!

Em Monção dançamos o Canário...
...
do meu militar
do meu marinheiro
donde vens Maria
venho do ribeiro!
...

domingo, 13 de maio de 2012

12 de Maio em Monção

O convite feito pela Universidade do Minho / Casa Museu de Monção através do senhor professor Doutor Viriato Capela, contando com a representação da Reitoria da Universidade do Minho e do senhor Presidente da Câmara Municipal de Monção, para além de professores investigadores galegos e portugueses, dizia para estarmos presentes nas cerimónias de Homenagem a Portugueses mortos pelo Franquismo na Galiza durante a Guerra Civil de Espanha (1936 a 1939).

A actuação do grupo cultural "Os Sinos da Sé" era o último ponto do programa: começou às 18:00 e terminou às 19:15. Foi nos jardins da Casa Museu.

 uma varanda de público





Deixamos aqui as fotos em formato de fitas.
Cantámos e dançámos como não podia deixar de ser e percorremos um pouco da história de Portugal e de Espanha, entre os anos de 1930 a 1960 interpretando, claro está, músicas que no tempo foram vividas como conteúdos da polémica guerra civil, umas de cariz revolucionário, outras de cariz religioso, umas praticadas no campo da batalha, outras criadas mais tarde por influência directa dos acontecimentos vividos e das esperanças neles investidas, como foi o caso do poeta José Gomes Ferreira e do compositor Lopes Graça. Cantámos também «achégate a mim maruxa» e o «hino galego».

domingo, 6 de maio de 2012

Vai acontecer em Monção dia 12 de Maio

Vamos apresentar um programa musical que ilustra várias situações de representação musical (dado não podermos falar de vivências ou de memórias nossas) da guerra civil de Espanha na memória colectiva e no espaço público:
  • uma canção revolucionária do tempo, da facção republicana: Ay Carmela
  • uma canção em estilo reportagem ou cantiga narrativa, criada pela dupla brasileira Mandi e Sorocabinha: a guerra na Espanha (1937/39); este especímen musical foi muito recentemente divulgado na NET, mas constitui um documento importante para o espaço lusófono, dado inserir a composição musical no quotidiano social, recorrendo à literatura dos folhetos de cordel;
  • duas composições das Canções Heróicas de Lopes Graça, publicadas nos anos 50 para celebrar os 50 anos da proclamação da República Portuguesa; uma delas, Canção do Livre, com versos de Soares dos Passos e outra, Acordai, com versos de José Gomes Ferreira, um dos nossos poetas que tomou a guerra civil como temática da sua criação.
  • Canções populares que se cantavam ao tempo nos campos;
  • Cantigas religiosas que ao tempo se inseriam numa perspectiva militante do nacionalismo e do catolicismo opositores ao internacionalismo e ao comunismo;
  • Duas canções galegas, uma popular e outra considerada um hino.
  • Danças e cantares que espelharam a vida quotidiana.

Chula da Póvoa

É uma música nova e uma nova dança, foi a primeira vez que a apresentámos em público.
...
Nem que chovam picaretas
Nem que chovam picaretas
hás-de cair rei-milhão
hás-de cair rei-milhão
...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

segunda-feira, 23 de abril de 2012

"Um dia pela vida"

Participámos, no dia 21 de abril de 2012, no evento organizado pela equipa "Grão de trigo", do núcleo de Braga da Liga Portuguesa contra o Cancro.
Foi um evento solidário, houve um sorteio e no fim também dançámos com o público. Percorremos o Minho, passámos por Malaca, fomos até Cabo Verde e dissemos olá ao Brasil - andámos pelos caminhos da Lusofonia e contribuímos com um pequeno "grão" nesta campanha de mobilização de vontades e recursos contra a doença.


sábado, 14 de abril de 2012

S. Gregório

S. Gregório de Maximinos
Protegei-me o coração
Contra as agruras da crise
Que corrói nossa Nação

S. Gregório de Maximinos
Do coração protector
Aumentai nossa esperança
Com um bypass de amor

Nome novo sob os céus
Sede o desfibrilhador
Servo dos servos de Deus
Do coração sofredor

Posto por JM, em noite de sábado, na véspera da festa de S. Gregório de Maximinos, onde o grupo vai actuar domingo à tarde, conjuntamente com o grupo de Palmeira, para animar a festa.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Velocidades

Deixo aqui quatro instantâneos a velocidades diferentes (este bloguista tem a mania de escrever por pontos):

1. numa conversa com um amigo, queixava-me do cansaço dos ensaios com as novas quatro danças...e ele prontamente reagiu: "Novas danças? Pensava que o folclore estava todo inventado!"

Bem, apelo aqui ao inventor para que explique estas novas invenções, e deixo aqui uma saía a rodopiar... (foto de 2010 - actuação do grupo de Parada de Gatim na Festa de S.Tiago de Esporões)

  

2. "Quando deus criou o linho..."
Vai-se do linho ao fio a grande velocidade, hoje a tecnologia permite fazê-lo quase sem intervenção humana... o fio é nossa materia prima, quer para os trajes quer para as canções...




3. Braga, semana santa, tempo já mediatizado, no entanto tempo de reflexão...aqui o fotográfo teve dificuldade com a velocidade da máquina...  
 4. fui surpreendido esta manhã de sexta-feira santa com a rapidez deste caracol, num instante apareceu na parede da casa e no instante seguinte não está lá...foi, aliás este caracol que me levou a "postar" estes pequenos textos...

domingo, 11 de março de 2012

Observações ...talvez duas

O ano 2012 afigura-se como um ano de vários desafios. A primavera (agora é com letra pequena...é que há quem aplica o acordo ortográfico, há quem não o aplica...) está aí à porta e é altura de tirar os cobertores da cama e pôr a roupa mais fresca a arejar...prepare-se o corpo para o calor! Nos ensaios as suadelas já começaram com a "Chula da Póvoa"...

Trago dentro do meu peito
...
Novas canções populares

No passado dia 10 fomos ao Theatro Circo ver e ouvir as irmãs Kransky - Eve, Mourne e Dawn- umas irmãs solteironas ... naturais de Esk na Austrália - uma teatralidade fantástica, tomaram como suas músicas dos Queen, Pink Floyd, Eurythmics, Michael Jackson, AC/DC....Talking Heads...e deram-lhes uma ruralidade imprevista, uma interpretação peculiar, fresca, estranha e encantandora...e isto com uma tuba, uma guitarra, um pianinho...de brincadeira, um serrote, e uma vassourinha de piaçaba....
(foto retirada do site do Theatro Circo)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

E as fotos do nosso jantar de reis?

Ver fotos a uma pequena distância cria saudade e a saudade aquece o coração.
Aconteceu a 7 de Janeiro, à noite pós lados de Celeirós, mas antes do bacalhau frito, durante a tarde, fomos cantar até ao centro da cidade, ali pós lados do Theatro Circo e depois em frente à Brasileira. No jantar de reis, edição 2012, jantamos, bebemos, cantamos e dançamos. Também brindamos...pelos ausentes e pelos presentes e fizemos votos dum 2012 com muito folclore.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

80º aniversário do senhor Manuel


O senhor Manuel, um dos elementos mais novos dos "Sinos" fez 80 anos no passado dia 27 de Janeiro...e todos cantámos no almoço de domingo:

Haja palmas, haja luzes a brilhar!
Haja vozes a cantar os parabéns!
E que Deus te ajude a acrescentar
Mais um ano àqueles que já tens.

(Rascunhado pelo Tó e posto por JM)

Projectos para os próximos dias ou anos!

São preciso projectos, sugiro os seguintes:

1) Preparar um repertório de cantares que ilustre a lavoura do linho e o seu comércio, com exposição de peças, fixa ou itinerante.

2) Preparar um repertório de cantares que ilustre algumas dimensões da lusofonia (emigração, encontro de povos e de músicas) para apresentar em Guimarães Capital Europeia da Cultura.

3) Preparar um repertório de danças para ilustrar relações de apropriação das coreografias em contextos de rua ou de espectáculo específico, tipo flash mob ou ajuntamento provocado de pessoas a dançar (para apresentar em BCEJ).

4) Preparar um repertório de cantares e toques instrumentais que ilustre os caminhos do fado.

5) Preparar um modo de estar e aparecer que ilustre momentos específicos da cultura portuguesa:  momentos patrióticos de adesão ou contestação.

6) Cantar nas ruas das cidades, vendendo os nossos produtos.