A Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé» assumiu a história do Grupo Folclórico de Professores de Braga, fundado no ano lectivo de 1978/79 na escola Francisco Sanches, com a finalidade de desenvolver unidades de estudo e recreio no âmbito das manifestações musicais e coreográficas que configuram aspectos da cultura portuguesa, também nas suas vertentes locais e regionais.
Esta pessoa colectiva teve e tem sede na Escola EB 2/3 do Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches, na cidade de Braga, ao abrigo de um protocolo estabelecido com o Ministério da Educação e com a Escola. Iniciou-se em 1979, mas só fez a sua escritura pública e o respectivo registo notarial em 20 de Julho de 1983, no Cartório Notarial de Braga; posteriormente, em 7 de Agosto de 1990, com publicação no Diário da República em 17 de Setembro de 1990, IIIª Série, página 11792, fez nova escritura para aprovação da denominação GRUPO FOLCLÓRICO DE PROFESSORES DE BRAGA – CENTRO DE ESTUDOS E DIVULGAÇÃO DE CULTURA POPULAR. Mas não se ficou por aqui e no ano de 2005 fez-se nova escritura de alteração dos Estatutos e da denominação, passando esta pessoa colectiva a denominar-se ASSOCIAÇÃO CULTURAL E FESTIVA «OS SINOS DA SÉ» – BRAGA, acolhendo quaisquer pessoas de bem na sua constituição. Em termos de identidade fiscal é o contribuinte nº 502414014.
Enquanto Grupo Folclórico, esta Associação mobiliza para as suas intervenções públicas as seguintes unidades culturais provenientes da cultura popular e tradicional das populações do Baixo Minho:
- Cantares polifónicos tradicionais a 2, 3 e 4 vozes, em coro misto, recolhidos pelo grupo ou retomados de cancioneiros já publicados;
- Cantigas e danças tradicionais: viras, chulas, malhões, danças de roda, cana verde, fandangos, recolhidas e recriadas pelo Grupo ou retomadas do repertório de outros grupos;
- Cantares ao desafio;
- Ritmos e percussões de caixas e bombos (grupo de Zés Pereiras ou Zabumba ou estrondo), acompanhando coros (cantigas a uma ou duas vozes em coro misto) ou instrumentos como o clarinete e a concertina (melodias populares e da tradição);
- Cantigas populares que esclarecem a evolução musical da tradição, retomadas de cancioneiros, desde o século XVIII;
- Corais polifónicos de música religiosa, criados expressamente para o Grupo exibir na procissão do S. João, em Braga;
- Cânticos do tempo própio e comum da missa católica, tomados de empréstimo ou de criação própria;
- Romances tradicionais e popularizados, no género de cantiga ou de fado;
- Música instrumental, executada em estilo de estúrdia ou tocata onde se verificam os seguintes instrumentos: concertina, clarinete em dó, cavaquinhos, braguesas, violões, reque-reque, ferrinhos, castanholas, tréculas e bombo.
- interacção com o público receptor, conversando sobre o sentido e a função das unidades culturais mobilizadas, apelando à participação na dança e no canto;
- uso de uma linguagem coloquial, onde pontuam as histórias e os ditos provenientes da literatura oral;
- co-ocorrência de intervenções verbais sobre aspectos da cultura tradicional e da cultura contemporânea, no sentido de ajudar o público a compreender ou a adquirir perspectivas de interpretação;
- apresentação do Grupo e do seu repertório em português, em francês ou em inglês;
- demonstração e mostra de aspectos ligados aos ofícios tradicionais, especialmente os relacionados com a confecção dos trajes, como o bordado, a fiação;
O Grupo apresenta-se vestido à moda camponesa da região de Braga na segunda metade do século XIX e primeiro quartel do século XX, usando trajes de cerimónia (traje de encosta), de festa ou romaria (traje de capotilha), de domingo e também de trabalho, trajes que identificam usos e costumes, lugares, freguesias (traje de Vale d’Este, traje de Sequeira), zonas ribeirinhas (traje da ribeira) e de montanha, reflectindo identidades e diferenças pessoais, sociais, patrimoniais, culturais.
(Texto elaborado por JM)
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