segunda-feira, 9 de setembro de 2013

2013 - noite branca

A nossa noite branca começou nas festas do Senhor da Paz no bairro social das Enguardas.
Pela meia-noite postamo-nos na Rua de São Marcos e ali cantámos tradições.
Uma rua agitada com muita gente a passar de um lado para outro de cima para baixo e com permanente ruído de fundo que para uns é música para outro barulho e para outros batida...eis ali plantado, um grupo folclórico em trajes interiores e a cantar esta "morninha" com letra de Sá de Miranda.


 

1 comentário:

  1. Ainda hoje procuro boas explicações para o que pode ser um grupo folclórico. Sei o que foram e como nasceram e como se foram consolidando desde o princípio do século passado até hoje. Não deixo de considerar que um dos princípios do movimento crítico e cultural que determinou a génese dos grupos folclóricos foi a certeza de que a modernidade ficaria mais sustentada se porventura considerase como estruturante a tradição cultural dos povos. As recolhas do cancioneiro tradicional foram muito motivadas por uma esperança de renovação musical, as da literatura pela certeza de novos imaginários, as da arte pela convicção de superação das limitações: os estudos etnológicos foram fundados numa ansiedade de compreensão para a mudança, foram inspirados pela certeza de incluir as tradições na invenção dos tempos futuros. Ainda hoje considero esta candeia uma luz eficaz. Uma orquestra tem todas as possibilidades de interpretar as músicas que achar por bem. Um grupo folclórico é, em seu contexto de medida e de ambição, uma pequena orquestra. Os tempos sempre precisaram de músicas e as memórias são selectivas.

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