segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Auto de Natal, cânticos ao menino.

Pois é, estamos no inverno neste lado do hemisfério. Aqui estamos a cantar "Ó meu menino", cântico natalício que apela à vinda do "menino" para salvar o "mundo".


 
Braga, no dia 20 de Dezembro, no largo das "frigideiras".

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Novo CD

Embrulhado num lenço de namorados é assim que vai chegar às mãos dos ouvintes e dos leitores o novo CD da Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé», uma experiência criativa de cantar Sá de Miranda a partir de inspirações tradicionais. 

O desafio foi um dia lançado pelo professor doutor Aurélio de Oliveira, nosso elemento,  e aceite com toda a sem cerimónia que o atrevimento gera.

O resultado está envolto em quatro monumentos de Braga: a Sé, o Sameiro, o Bom Jesus e a capelinha de Santo Adrião, quem bordou foi Albertina Fernandes, nosso elemento, os desenhos são do nosso Director artístico José Machado e as linhas do crivo foram tiradas pela Albertina Fernandes e inspiraram a quadra que cerca o escudo de Braga. 

Este trabalho começou em 2011, sofreu algumas vicissitudes, mas concluiu-se com a esperança de que alguns defeitos não obscurecem a qualidade desejada e a surpresa pretendida. 

Vai custar 5 euros e é o nosso 4º registo áudio. 

«O que não experimentares, não cuides que o sabes bem» - escreveu Sá de Miranda

CARREGUE NO PLAY PARA OUVIR A MÚSICA.


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Barrada 2014

Para meter nas palavras os sentimentos daquilo que fazemos, pego nas palavras do mestre José Machado sobre a ida a Barrada comemorar o feriado de 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora Imaculada Conceição, rainha e padroeira de Portugal, e  ...“Vamos a Barrada por espírito de missão, vamos a Barrada por razões culturais, vamos a Barrada por turismo, vamos por fé, vamos a Barrada por graça, por ganha pão, por carolice.
Todas as respostas podem valer, mas o que importa são as motivações do colectivo, as razões que um grupo mobiliza no seu interior: uma dedicação ao legado da tradição musical popular, nos seus variados aspectos de expressão religiosa, festiva, recreativa, laboral, comemorativa.”

e fomos a Barrada
e vamos a Barrada.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Dia do padroeiro de Braga - São Geraldo

No Theatro Circo...os "Sinos da Sé" a cantar o Hino de Braga dia 5 de Dezembro de 2014.


clique neste link e depois clique na imagem que lhe irá aparecer
https://drive.google.com/folderview?id=0B1kWdezMdiSlTkQ1bGZRU2tQQ2s&usp=sharing_eid

O filme é de António Araújo.

domingo, 16 de novembro de 2014

Em casa de Abade...pudim, castanhas e vinho

Vem isto a propósito da 1ª Gala da Confraria do Abade a acontecer no Theatro Circo dia 20 de Novembro de 2014, onde os Sinos da Sé apresentarão um repertório de cantigas confeccionado com  castanhas e vinho, temperos de loureiro e escapadinhas de dança.


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Ver os outros ajuda sempre

Andei por Praga em Agosto e lá tive a sorte de assistir à parada e ao Festival de Folclore e falei com alguns componentes de grupos. O que me impressionou: primeiro, anda muita gente de idade nos grupos de folclore, o que quer dizer que há menos jovens a entrar; segundo, as variedades de grupos aumentaram, o que significa que o «território» folclórico se está a reconfigurar. A questão dos mais velhos e dos mais jovens faz variar sobretudo a percepção das dinâmicas coreográficas, O aumento da variedade de grupos (quase se pode fazer um grupo a partir de uma ideia cultural qualquer, como é o caso das bruxas) modifica as percepções do que se entende por folclore e sobretudo por grupo folclórico.











 





 

 


  

 

 

 


 

 


A parada folclórica não primou pela organização - lá como cá todos os improvisos concorrem para a folclorização da própria ideia de parada ou desfile. Cada grupo justifica bem a sua história e cumpre a função. Os grupos actuaram em três palcos espalhados pela cidade e no fim da parada passaram todos pelo palco só para receberem o certificado de presença. A intervenção dos grupos ao longo da parada joga com as pausas, mas também com as solicitações da assistência. Não esteve presente nenhum grupo português, mas esteve um grupo brasileiro que mostrou as pélas (mulheres aos ombros de homens, realidade que eu só conhecia de documentação histórica).



domingo, 28 de setembro de 2014

Para trás ficam desejos de Agosto


Para trás fica o querido mês de Agosto
a música na rua e o fulgor
das causas que se fazem por dispor
de quanta claridade tem um rosto

o teu, que me é dado sem imposto
e o meu, que não te chega por favor
Na rua é sempre o tempo promisssor
e a todos os desejos fica exposto


Depois, quando houver cartas de fastio
e as saudades forem de sobejo
a rua apelará a novo brio


por outro mês de fogo e de voragem
em qualquer chão de rua o nosso beijo
dará novo sentido à paisagem




segunda-feira, 1 de setembro de 2014



MODAS ANTIGAS NA NOVA ESCOLA FRANCISCO SANCHES

Para quê?

Para despertar mais conhecimento sobre o nosso tempo atual: somos diferentes daqueles que nos antecederam, temos outros recursos tecnológicos, acumulámos mais saberes: Como conseguimos isso?

Para educarmos o nosso sentido de pertença a uma nação, a um país, a uma região: temos valores patrimoniais, temos uma língua, temos uma cultura, reconhecemos em nós características que nos distinguem de outros e temos orgulho em «coisas» nossas.
Para conversarmos sobre o nosso desenvolvimento e o nosso progresso ao longo dos tempos: conservamos monumentos e documentos, histórias, trajes, cantigas, danças, imagens, uma lista infindável de objetos e de memórias, e queremos sempre «melhorar» as nossas condições de vida.
Para aprendermos técnicas e saberes, para fazermos por nossas próprias mãos, aumentando a nossa criatividade e a nossa autonomia.

A exposição etnográfica - «METADE DE NÓS» - propõe uma viagem de conhecimento a partir de duas peças do vestuário: a camisa de homem e o colete da mulher. Estas peças foram feitas com um elevado sentido artístico, dentro de uma tradição de vestir e de estar em sociedade. Hoje conservam-se e reproduzem-se não só para testemunharem a progressão e a mudança sociais, mas também para afirmarem uma identidade cultural regional.

O folclore é a sabedoria de um povo manifestada através de práticas de vestir, de falar, de cantar, de dançar e de viver que já não são dominantes na vida atual, mas que são inspiradoras de memórias, de valores e de situações de vida que se consideram muito significativas para a formação e a educação das novas gerações.

Aqui ficam algumas propostas para aguçar a curiosidade de ver esta exposição:
  • Hoje vestimo-nos de modo mais «primitivo» ou de modo mais elaborado?
  • A T-shirt veio realizar todas as aspirações de uma camisa folclórica?
  • O boné e o «cap» herdaram a história do chapéu?
  • O que terá provocado a falta de uso do colete pelas mulheres?
Sabes bordar? Sabes cuidar de tua roupa?
Interessa-te pelo teu futuro e descobre melhor o teu passado.

Esta exposição foi concebida pela Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé», um grupo de pessoas que usa o formato de grupo folclórico para estudar e promover a cultura popular portuguesa ao longo dos tempos. Este grupo foi fundado na Escola Francisco Sanches no ano lectivo de 1978/79, tem a sua sede nesta Escola e alguns professores do Agrupamento e outros já aposentados fazem parte da associação. Para celebrar esta exposição foi feita uma T-shirt especial que se poderá adquirir na reprografia da Escola. 

Aproveita e participa nas iniciativas que esta exposição vai desenvolver.

A Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé» agradece ao senhor Diretor do Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches, professor Jorge Amado, a iniciativa desta exposição no espaço da Biblioteca da nova escola sede de 1 de Setembro a 15 de Outubro e agradece o trabalho de promoção da mesma à professora Adelaide Abreu e à equipa de informática.
Texto redigido por José Machado, elemento fundador e diretor artístico da Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé» e presidente do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches. 

terça-feira, 15 de julho de 2014

Festival Castro-Galaico 2014 - Vira Alegre de Palmeira


No Domingo, dia 13 de Julho, no monte de Nª Srª Da Consolação em Nogueiró, na 5ª edição [2014] do Festival Castro-Galaico voltámos ao Vira Alegre de Palmeira.
É um Vira suave com uma coreografia complexa e envolvente.



[ em Março passado estreámos no auditório Vita em Braga este Vira Alegre de Palmeira por isso procure aqui no blog a história e a letra desta música ]

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Vai de corredoira.

Serve este video à publicidade da exposição METADE DE NÓS patente no 2º piso do café A Brasileira em Braga até dia 30 de Julho de 2014.
Ali cruzam-se pontos em camisas de homem e coletes de mulher. As histórias são mais que muitas.
Vai de corredoira... 

terça-feira, 1 de julho de 2014

...ai ó meu belo marinheiro...

Deixámos aqui uns apontamentos do São João de Braga em 2014.
Momentos vividos!

Ai ó meu belo marinheiro
levai-me na vossa barca lá p'ró rio de janeiro

...
Caiu-lhe a flor por cima
S.João que tão bem cheira
...

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Concerto em honra de São João Baptista

Braga, Igreja de São João do Souto, terça-feira, 21:30 de 17 de Junho de 2014.

Canta o povo que é bairrista!!

sábado, 14 de junho de 2014

METADE DE NÓS - de uma exposição com São João por companhia

I - da idealização 

Partimos donde estamos, somos donde nos educamos, chegaremos onde pudermos. O nosso chão é que nos condiciona pela vida fora uma ideia do mundo, mas o deslumbramento deste move-nos os limites. Do acaso e da necessidade depressa chegamos às brasas do conhecimento e com estas a que forjamos os cadeados que nos sustentam. Posta a filosofia, vamos à rua. 

Na cidade sai o carro dos pastores
com vaidade no auto de S. João;
O Rei David, com seus nobres tocadores
a mourisca dança e cumpre a tradição.

Para este S. João 2014, concebemos a organização de uma exposição etnográfica que mostrasse os coletes e as camisas bordados que as mulheres e os homens do nosso grupo usam nos seus trajes folclóricos. Produzidos a partir de modelos da tradição, aventurámo-nos a exibi-los com ganhos de apropriação estética, ganhos esses que decorrem do nosso encantamento e da nossa vontade de fazer e saber fazer. Trata-se de fazer ressaltar o cuidado em seguir modelos e o cuidado em valorizar os modelos, decorrendo esta valorização, em primeiro lugar, da técnica usada e do seu rigor de aplicação.


II - da materialização


A administração do Café A Brasileira aceitou com total abertura o desafio de instalarmos no 3º piso, uma área que nas obras de reconstrução ficou destinada a este género de eventos, uma exposição dedicada aos trajes folclóricos, com a integração dos cantares e das manifestações artísticas que a associação «Os Sinos da Sé» pode e sabe naturalmente assumir. Assim, juntando a experiência adquirida com a exposição «Os Fios e Nós da Moda Velha» que realizáramos em 2011 na Casa dos Crivos, decidimos prosseguir o caminho com igual propósito de fazer os outros reparar em nós e no nosso trabalho. Andámos pelas lojas da cidade a pedir adereços, inspirámo-nos noutras iniciativas semelhantes, metemos as mãos na massa e a coisa avançou. As habilitações artísticas dos nossos elementos reencontraram tema e motivação. 


Concebemos uma entrada especial para o corredor de acesso aos pisos superiores e ali colocámos um arco de romaria devidamente decorado com peças de croché, mas quis o destino dos gostos e das sensibilidades que o arco mudasse de lugar e subimo-lo para o 3º piso. Poderíamos ter concebido um arco doirado, a imitar a ourivesaria minhota e então, quem sabe, ainda ali pudesse estar um sinal motivador da nossa exposição. Fica aqui o testemunho.


III - a caminho

Lá em cima é que os coletes fazem a cabeça dos encamisados e propositadamente se investiu numa ousadia de cor e de posição. Assim se fica com a valorização deste conceito de metade, tão rico antropológica como discursivamente: desde o meio mundo que vive de outro, até ao meio mundo que já sabe o que vai ser de todos, passando por essa necessidade imperiosa de tirar as médias de tudo quanto se produz e conhece, o conceito de metade apela ao encontro do outro e de nós próprios.


Os agradecimentos são devidos à Câmara Municipal de Braga, à Associação das Festas de S. João, à Junta de Freguesia de S. Vítor, à unidade de Agro-Turismo Quinta das Pedras de Baixo, à Colorarte, à gerência do Café A Brasileira, à direcção do Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches, aos elementos da Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé» que se empenharam na construção dos chapéus, dos moldes e dos modelos, aos elementos e ex-elementos e amigos que emprestaram as camisas, aos bordadores e às bordadeiras, a todos os que nos apoiaram. 

IV - de Braga corre todo o mundo

Cantemos o S. João
De Braga com amor profundo
Que o S. João bem cantado
De Braga corre todo o mundo


Contámos com a  colaboração do grupo Tambombo e da Sond'Art de Dume, previmos a função de uma aparelhagem adequada e tentámos coordenar as batidas, os ritmos, as vozes e a coreografia com a subida do balão e o estralejar do fogo. Se alguma coisa não funcionou, ficámos tristes, mas cumprimos com o nosso melhor.


A concepção do espectáculo requeria um cumprimento integral dos seus requisitos básicos, mas assim não aconteceu, todavia, disse quem assistiu, a «coisa» funcionou e a mensagem passou, mas que ficámos insatisfeitos, ficámos. Neste tipo de expressões - as da cultura popular, ou folclórica, ou tradicional, - os pormenores fazem a diferença. Fica sempre a ideia de próxima vez...


V - até mais logo


Foi este o mote para motivarmos as pessoas a repararem no lugar: a sobreposição de chapéus aos chapéus de chapa que A Brasileira tem no exterior foi uma ideia bem acolhida, em princípio, mas tem de fazer um caminho mais longo para se avaliar da sua função apelativa... Falta no interior um cartaz a dizer que no 3º piso há uma exposição para ver...


No exterior haverá oportunidades para mostrar o nosso desempenho, as pessoas gostam, o lugar é propício e nós temos alguns recursos....







segunda-feira, 2 de junho de 2014

São João depressa [2014]

(oiça a música e no final continue a cantar mas com este verso...ora vá lá)

Ai São João adormeceu, ai
ai dobaixo da laranjeira, ai
ai caiu-la felor por cima, ai
ai São João que tão bem cheira, ai

Trata-se de uma figuração de S. João «adormecido à sombra da laranjeira», tem o cordeiro ao lado, numa posição singular de carinho como se fora animal doméstico; o cordeiro representa o «agnus dei» ou seja o cordeiro de Deus. 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Metade de nós - exposição no café "A Brasileira"

Com inauguração marcada para 14 de Junho pelas 19h.
No café "A Brasileira" sito no largo Barão de São Martinho - centro da cidade.

"Metade de nós" é uma exposição de estímulos.
Quem vê metade quer ver a outra metade,
Quem tem metade quer ter a outra metade
As camisas e os coletes apelam à descoberta ..aonde está a metade que os veste?
Depois há as linhas bordadas, os pontos de cruz, os nós e ... o olhar converge para a metade que falta.

domingo, 18 de maio de 2014

Ó Rosa, Rosinha...





Recolhida por Gonçalo Sampaio ...esta Rosinha aparece em público em 2014 em Palmeira nas festas do Senhor do Rio.







Algumas quadras:

Ó minha Rosinha
eu sou com'ó gaio
de dia estou preso
de noite é que saio
...
Ó minha Rosinha
ó de ruque truque
p'rós homens tabaco
p'rás mulheres açúcre...

.
 


segunda-feira, 14 de abril de 2014

de lá para cá...antes do 25 de abril...

Repetido.
Sim, sim. Mas vivemos de repetições. Sempre iguais sempre diferentes. Aprendizagens repetidas geram conhecimento.
Este Vira da Várzea, "apreendido" na internet do Gerês e trazido para hoje,  aqui no auditório Vita.
.
 

Vejam a inspiração aqui:
http://www.soajeiro.com/2009/10/video-de-1970-danca-na-varzea-vira.html

domingo, 6 de abril de 2014

Nova exposição: METADE DE NÓS

Vamos organizar nova exposição de trajes, no centro da cidade, durante os meses de Junho e Julho. 
Desta vez vamos concentrar-nos em duas peças, camisas de homem e coletes de mulher. 
O conceito embraiador da exposição será «metade de nós», ou seja, uma representação de incompletude, para que, vendo a estética de uma parte se pense melhor na parte que falta, contrariando assim a ideia fácil de que um só possa ser o todo e de que tudo esteja em um só.


A ideia será desenvolvida com mais detalhes no interior do grupo. Aqui fica o chamariz e a primeira motivação. O local será indicado e o programa de animação construir-se-á em função dos compromissos que se vão assumir. Creio que não nos vamos enfastiar e que daremos o tempo por bem vivido.


O recheio da exposição será constituído por 12 camisas de homem e 12 coletes de mulher; serão escolhidas peças cujo investimento estético consistiu em retomar a tradição com acrescento de motivos ou de processos de execução. Será exposto um modo de trajar completo, feminino, em memória da Cecília de Melo, trajar esse que poderá mudar ao longo da exposição. Outros objectos, que não trajes, poderão ser expostos com uma função simbólica de apoio.  
(Texto e imagens da responsabilidade de José Machado)

segunda-feira, 24 de março de 2014

Vira Alegre de Palmeira

Uma estreia.
Folclore do século 21.
Um vira.
Alegre.
De Palmeira.
Mas aqui transformado.
Com uma voz de Soprano.

TRADIÇÃO

Quantas vezes o sol nos beija o pão!
Quantas vezes a fé nos abre o mar!
Assim olhamos a flor no chão,
Assim ouvimos as aves pelo céu cantar!

Quanta alegria vai
Correndo pelos campos além:
São os dias para semear
Com as mãos de toda a gente de bem.

Quantas vezes o céu nos marca a voz!
Quantas vezes a dor nos dobra a luz!
Assim buscamos saber de nós,
Assim guardamos os sons que a tradição conduz!

Quanta saudade sai
Dos olhos que nos falam de amor:
São a água pura que nos cai
Dos lábios de toda a gente em redor!

José Machado
Criei esta letra para ser cantada durante a execução do «Vira alegre de Palmeira» numa simbiose de popular com erudito, trabalho de criação melódica que pedi ao compositor e professor António da Costa Gomes. Tudo porque entrou para o grupo a soprano e professora Teresa Couto, uma cantora lírica de muita nomeada em Braga, por ter pertencido a coros e grupos polifónicos e por ter-se apresentado como solista em muitos concertos . O motivo recolhido é instrumental, nunca lhe ouvi letra, mas sempre considerei que a merecia. Dediquei este poema à memória do professor Maia (ver meu blogue http://mineirodejales.blogspot.pt/2013/03/vira-alegre-tradicao.html, pessoa com quem trilhei alguns caminhos nestas vivências folclóricas de andar a retomar os sons da tradição.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Sol i dar

O aluno Diogo João Nobre Dias, de onze anos de idade, frequenta, no presente ano lectivo, o 6º ano de escolaridade no Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches - Braga. É portador de uma doença crónica grave que lhe confere baixa visão - distrofia retiniana grave, retinopatia pigmentar - sendo acompanhado pelos serviços de oftalmologia do Hospital de Braga. Por indicação médica, o aluno deverá iniciar aulas de orientação e mobilidade e estudo de Braille.

A gravidade da doença aumenta de dia para dia e o Diogo João precisa de se deslocar a Barcelona para uma consulta médica que permita obter informações adicionais sobre a doença e a realização de possíveis tratamentos. Porém, a família do Diogo João não possui os recursos económicos necessários para realizar esta viagem.

Em tempos de crise profunda, como são estes que vivemos, a solidariedade é a força maior de um povo. Nesse sentido, apelamos à Solidariedade de todos vocês no sentido de marcarem presença no conceito e dessa forma ajudarem o Diogo.

terça-feira, 11 de março de 2014

Energizante!

Estamos no resguardo da Quaresma mas dançar é rezar também, e a energia desta música dá-nos alento.
É contagiante
Ouçamos a cantadeira
Ouçamos o cantador
Na Senhora do Sameiro, como é largo e vasto o universo do viajante para se sentir em casa.
Ouçamos o bater no tablado

"Estas danças e cantigas,
tão novas e tão antigas,
de recolha popular
de recolha popular
são as flores e as espigas
que pomos em Teu altar" 

Voltemos ao Festival Internacional de Folclore 2013 de Braga...
voltemos ao vira do solar da Imaculada
voltemos ao vira geral.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Pausa para reunir!

No próximo dia 27 de Fevereiro de 2014, quinta-feira, vamos realizar uma assembleia geral ordinária pelas 21h na sede da Associação. A ordem é a seguinte:

1.Abertura da assembleia
2.Apreciação e votação do relatório e contas de 2013
3.Outros assuntos
4.Encerramento da assembleia.

Como podem ver os assuntos capitais serão outros, mas sempre à volta das cantorias, dos trajes e das danças, assim com' assim, até a fotografia tem horizontes largos sobre Braga, capital do nosso folclore.



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O melhor é....na Brasileira

A melhor renda é feita com o melhor fio...de linho, pode ser.
Num sábado chuvoso coubemos lá todos.
Só nos faltou dançar!

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Tomemos como exemplo...


Tomemos como exemplo de um grupo um trabalho de croché. 
Toda a sua perfeição foi conseguida ponto a ponto, laçada a laçada. 
O conjunto é superior às partes, mas cada parte tem a sua importância absoluta no conjunto. 
Sendo assim, para se falar de um grupo a comparação chega e sobra. 
Daqui se poderá inferir que um grupo nunca atingirá a perfeição do croché e ainda bem, porque a imperfeição do humano é uma categoria estética.
Portanto um grupo será sempre uma junção de imperfeições.
Mas se cada parte, na sua absoluta singularidade de defeitos, se quiser juntar a outras com a ideia de fazer um grupo, é melhor que passe a estimar a ideia de conjunto em desfavor de seu narcisismo singular. 
Resta um problema: alguma vez uma junção de partes imperfeitas pode originar um grupo com piada? 
A minha resposta é a do repertório das bandas: cada banda aperfeiçoará um repertório de virtudes que esteja no seguimento de suas imperfeições.
Sobra para o maestro a responsabilidade de ensaiar o melhor que souber e puder a junção das partes.
Outro problema: sendo o maestro uma parte absolutamente imperfeita, o seu trabalho é uma ilusão.
Mas é de ilusões que vive até o croché!
(Posto por JM/FEV/2014)