domingo, 28 de setembro de 2014

Para trás ficam desejos de Agosto


Para trás fica o querido mês de Agosto
a música na rua e o fulgor
das causas que se fazem por dispor
de quanta claridade tem um rosto

o teu, que me é dado sem imposto
e o meu, que não te chega por favor
Na rua é sempre o tempo promisssor
e a todos os desejos fica exposto


Depois, quando houver cartas de fastio
e as saudades forem de sobejo
a rua apelará a novo brio


por outro mês de fogo e de voragem
em qualquer chão de rua o nosso beijo
dará novo sentido à paisagem




segunda-feira, 1 de setembro de 2014



MODAS ANTIGAS NA NOVA ESCOLA FRANCISCO SANCHES

Para quê?

Para despertar mais conhecimento sobre o nosso tempo atual: somos diferentes daqueles que nos antecederam, temos outros recursos tecnológicos, acumulámos mais saberes: Como conseguimos isso?

Para educarmos o nosso sentido de pertença a uma nação, a um país, a uma região: temos valores patrimoniais, temos uma língua, temos uma cultura, reconhecemos em nós características que nos distinguem de outros e temos orgulho em «coisas» nossas.
Para conversarmos sobre o nosso desenvolvimento e o nosso progresso ao longo dos tempos: conservamos monumentos e documentos, histórias, trajes, cantigas, danças, imagens, uma lista infindável de objetos e de memórias, e queremos sempre «melhorar» as nossas condições de vida.
Para aprendermos técnicas e saberes, para fazermos por nossas próprias mãos, aumentando a nossa criatividade e a nossa autonomia.

A exposição etnográfica - «METADE DE NÓS» - propõe uma viagem de conhecimento a partir de duas peças do vestuário: a camisa de homem e o colete da mulher. Estas peças foram feitas com um elevado sentido artístico, dentro de uma tradição de vestir e de estar em sociedade. Hoje conservam-se e reproduzem-se não só para testemunharem a progressão e a mudança sociais, mas também para afirmarem uma identidade cultural regional.

O folclore é a sabedoria de um povo manifestada através de práticas de vestir, de falar, de cantar, de dançar e de viver que já não são dominantes na vida atual, mas que são inspiradoras de memórias, de valores e de situações de vida que se consideram muito significativas para a formação e a educação das novas gerações.

Aqui ficam algumas propostas para aguçar a curiosidade de ver esta exposição:
  • Hoje vestimo-nos de modo mais «primitivo» ou de modo mais elaborado?
  • A T-shirt veio realizar todas as aspirações de uma camisa folclórica?
  • O boné e o «cap» herdaram a história do chapéu?
  • O que terá provocado a falta de uso do colete pelas mulheres?
Sabes bordar? Sabes cuidar de tua roupa?
Interessa-te pelo teu futuro e descobre melhor o teu passado.

Esta exposição foi concebida pela Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé», um grupo de pessoas que usa o formato de grupo folclórico para estudar e promover a cultura popular portuguesa ao longo dos tempos. Este grupo foi fundado na Escola Francisco Sanches no ano lectivo de 1978/79, tem a sua sede nesta Escola e alguns professores do Agrupamento e outros já aposentados fazem parte da associação. Para celebrar esta exposição foi feita uma T-shirt especial que se poderá adquirir na reprografia da Escola. 

Aproveita e participa nas iniciativas que esta exposição vai desenvolver.

A Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé» agradece ao senhor Diretor do Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches, professor Jorge Amado, a iniciativa desta exposição no espaço da Biblioteca da nova escola sede de 1 de Setembro a 15 de Outubro e agradece o trabalho de promoção da mesma à professora Adelaide Abreu e à equipa de informática.
Texto redigido por José Machado, elemento fundador e diretor artístico da Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé» e presidente do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches.