terça-feira, 13 de novembro de 2012

Maximiníadas

Sábado, 20 de Outubro de 2012: era noite fria em Maximinos, ali junto da Igreja, naquela rua sem saída, ou sem entrada, consoante se considere o sentido do trânsito, a qual rua continuava, desde a véspera, propícia à instalação da feira de artesanato que a associação dos artesãos do Minho e a Junta de Freguesia haviam concretizado. Coube aos «Os Sinos da Sé» aquecer o ambiente com um espectáculo folclórico.

As sombras projectavam-se na parede da casa arruinada e assim recuperada como fantasia de fantasmas passados e futuros. Isto de iluminações nos cenários tem as sujeições da sorte que o material ditar. Mas, pronto, houve sombras e houve luzes e houve som, tudo dentro dos possíveis. E houve pajelas, uma ideia recuperada de outras fantasias antigas, as de comunicar letras de cantigas, desgraças e tragédias em verso, também histórias de amor e outras cantas. Venderam-se a 0,50€.
 


As imagens têm um som de fundo: a música do estribilho que fizemos para a cantiga narrativa da Alcina, melodia que aprendemos com os cegos José Maria e Lola a partir de uma cassete que eles vendiam ao tempo, anos 85/86 pelas ruas da cidade de Braga; depois conhecêmo-los pessoalmente, entrevistámo-los para artigo de revista e mais tarde aceitámos fazer um espectáculo para eles.

Este breve apontamento informa de uma actividade possível, por acaso até com aceitação, a ver pelas vezes que já a apresentámos.

Anda-se sempre com a mesma pergunta na cabeça e nas algibeiras: afinal o que é que pode fazer um grupo folclórico para além do que já faz?

Até onde deixamos que as tradições nos acompanhem?

(Posto por JM)

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