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#02
O lavrador / O agricultor / O camponês
No folclore local, ligado a uma economia de subsistência e
de complementaridade de recursos, sobressai a figura do lavrador, ou camponês,
habitualmente caracterizado com um traje de uso quotidiano, marcado pela
passagem do tempo e pela intensidade dos trabalhos: chapéu de palha, colete de
cotim, lenço tabaqueiro, camisa e calças de estopa de linho e socos feitos à
mão.
Conforme os recursos disponíveis, o lavrador vive rodeado de uma
diversidade instrumental de tecnologias, mais primárias umas, mais elaboradas
outras, que garantem a extensão funcional dos seus conhecimentos e dos seus
proveitos. Nesta exposição, constam instrumentos simples, mas significativos: a
foicinha, o engaço, a vara do gado, o sacho, a tesoura da poda, o cesto, a bota
de vinho.
Regista-se uma síntese poética
do lavrador de Entre Douro e Minho, uma extensa zona do país dedicada à
produção de vinho verde:
O homem de Entre Douro e Minho Calça de pau e veste de linho,
Come pão de passarinho,
Bebe vinho de enforcado
E tem força que nem diabo.
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